segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Entrevistei o Comandante do Posto de Bombeiros de Penápolis - Celso Nonato. Confira!





ANE ELISA: Desde quando o senhor atua no Corpo de Bombeiros em Penapolis?
CELSO NONATO: Desde de 1998!
ANE ELISA: O corpo de Bombeiros de Penápolis recebe trotes?
CELSO NONATO: Sim, como todos o telefones gratuítos!
ANE ELISA: Com que frequência e qual a punição a pessoa pode receber?
CELSO NONATO: Aproximadamente 30% das ligações são trotes, se descoberto poderá incorrer em penas de até a cinco anos, mas na maioria das vezes são crianças ao sair  da escola, utilizando orelhões. Mas é importante que todos saibam que o deslocamento de uma viatura para atender uma suposta emergência, além do custo que todos pagam, pode alguém no outro lado da cidade morrer por um atraso no atendimento causado por um trote!
ANE ELISA: Qual tipo de ocorrência é mais frequente aqui na cidade?
CELSO NONATO: Acidentes de trânsito envolvendo motos!
ANE ELISA: Como o senhor definiria a sua profissão? 

CELSO NONATO: Profissional especializado em combate ao incêndios, salvamento e atualmente e mais intensamente no resgate de vítimas, porque as medidas preventivas para evitar incêndios tem surtido mais efeitos que as do trânsito para evitar acidentes!

ANE ELISA: O que o senhor acha que contribui para melhorar a sociedade?

CELSO NONATO: Entre tantas ações, acho a solidariedade a mais importante, pois a pessoa que pratíca deixa de ser egoísta, é uma pena que as pessoas acham que doar seja somente em tempos de campanha, penso que pessoas que tem por hábito sempre ajudar o próximo, contribui sobremaneira para melhorar a sociedade, pois ao diminuir o sofrimento alheio faz minimizar também a violência! 
 
ANE ELISA: O senhor nota diferença entre os trabalhos de hoje em dia e os de antigamente?

CELSO NONATO: Sim, pois novas técnicas e equipamentos tem contribuído muito para um melhor atendimento as vítimas de traumas, antes o Bombeiro retirava a vítima cortando os veículos com machados ou moto abrasivos que causavam incêndios facilmente, hoje a técnica é retirar o veículo da vítima, com aprimoradas técnicas, cortando-o com modernos desencarceradores hidráulicos!

ANE ELISA:Quando e por que quis seguir essa carreira?

CELSO NONATO: Em 1998 fui transferido da Florestal para o Bombeiros, porque assim como todo menino eu também um dia tive o sonho de ser Bombeiro, aproveitei uma oportunidade, fiz uma permuta e lá se vão 12 anos servindo no Glorioso Corpo de Bombeiros!

ANE ELISA: Que tipo de treinamento, ou especialização, o senhor precisou para seguir essa profissão?

CELSO NONATO: Fiz alguns cursos como: Adaptação aos Serviços de Bombeiros, Curso de Bombeiros para Sargentos, que engloba administração e toda área de atuação do Corpo de Bombeiros, Curso de Resgates e Emergências Médicas, Curso Básico de Atividades Técnicas, Cursos Médio de Atividades Técnicas e outros, já os treinamentos são diários no Bombeiros, além das reciclagem anual!

ANE ELISA: Qual foi o trabalho que mais o interessou? (um trabalho que o senhor já fez, participou...)

CELSO NONATO: Resgate, onde atuei por muito tempo quando comandava Prontidão, pois é muito gratificante ajudar a salvar uma vida, o valor dela é inestimável!

ANE ELISA: Qual foi a operação mais emocionante? (salvamento)

CELSO NONATO: Já fiz de tudo, desde retirar pássaros presos a linhas de pipas em copa de coqueiros, como localizar corpo submerso, mas as operações mais emocionantes são aquelas onde crianças são vítimas graves em acidentes automobilísticos, é uma cena que me comove, nessas horas me desdobro, parece que uma força superior age em nós que somos Bombeiros, e lutamos incansavelmente para salvar aquela vida!

 
ANE ELISA: O senhor aconselharia alguém a seguir sua profissão?

CELSO NONATO: Sim, desde que tenha dentro de si o desejo de ser útil servindo ao próximo, porque nesta profissão não tem hora e nem lugar para agir, pois quantas foram as noites e madrugadas que passamos desencarcerando pessoas entre as ferragens de um veículo ou retirando um boi no fundo de um poço, e nem sempre somos reconhecidos, porque poucas pessoas veem os trabalhos nas madrugadas, nesta profissão você não alcança prosperidade, mas algo maior, como sentido para a vida com a sensação de ser útil!

ANE ELISA: Do que o senhor mais gosta em sua profissão?

CELSO NONATO: De ser um instrumento para salvar vidas, porque penso que a decisão de salvá-las mesmo está nas mãos de Deus, pois algumas vítimas que achávamos bem, faleceram dias depois e outras que não acreditávamos, sobreviveram! 


Página de Celso Nonato no Twitter CLIQUE AQUI e confira! 


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