Pesquisadores que fazem parte do Instituto Nokia de Tecnologia (INdT) efetuaram estudos utilizando celulares falsificados e com essa pesquisa descobriram que ligações partidas de celulares falsificados quase sempre não se completam e, mesmo quando completada, tem 24% de chances de cair. Ainda de acordo com a pesquisa realizada, os celulares avaliados falharam em 26% das tentativas de ligações e, das estabelecidas, 24% caíram. Além disso, em locais alguns onde os originais funcionavam perfeitamente, os falsificados mal se conectavam à rede, dada a sua baixa capacidade de transmissão, mesmo muitos deles suportando até 3 chips de operadoras distintas.
Esse estudo comprova o que é de conhecimento da maioria dos usuários de telefonia móvel: apesar de baratos se comparados com celulares de marcas homologadas, quase sempre não é bom negócio comprar um aparelho pirata.
Celulares piratas na mira do Ministério Público Federal
Os celulares vendidos em bancas de vendedores ambulantes, que chegam em território brasileiro pela fronteira Brasil-Paraguai, sem marca de confiança e que copiam design e softwares de marcas famosas caíram na preferência do público popular por terem um preço totalmente “convidativo”. Assim, eles acabam sendo adquiridos pelas pessoas que não tem dinheiro suficiente para comprar um smartphone original, mais que também não querem um celular comum, que apenas faz e recebe ligações e SMS.
Esses aparelhos não são homologados pela ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações e são proibidos de funcionar no Brasil. Uma pesquisa feita pela Folha de São Paulo indica que 40% dos celulares pré-pagos e 20% dos pós-pagos são falsificados. Por esse motivo o Ministério Público Federal está de olho e prepara uma ação civil, propondo o bloqueio desses aparelhos, desestimulando seu uso e comercialização. O MP ainda estuda uma forma de realizar o bloqueio desses aparelhos, pois será bem complexo identificar o IMEI dessas linhas (número identificador do aparelho), que também são falsificados. Em 2010 estima-se que o prejuízo dos fabricantes credenciados chegou a 1 bilhão de reais.
Segundo o editor da Tecnoblog Rafael Silva e Felipe Ventura, da Gizmodo, a Receita Federal poderia muito bem colaborar e diminuir os encargos embutidos nos aparelhos nacionais, diminuindo o preço repassado ao consumidor final, e assim, estimulando o consumo. Eu com certeza concordo com eles.
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