O Brasil tem entre 18 mil e 20 mil estabelecimentos legais de acesso à internet, popularmente conhecidos como LAN houses, segundo estimativas do governo brasileiro divulgadas nesta quarta-feira (1) em evento do CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil).
"Isso é só em relação a locais legais. Quando pensamos em locais que não são registrados como LAN houses, estimamos esse número para mais de 100 mil", afirmou João Batista Ferri de Oliveira, do Ministério do Planejamento.
De acordo com o CGI.br, juntos, LAN-houses e domicílios detêm 90% dos acessos no Brasil.
Dados do CGI.br sobre o ano de 2009 indicam que 48% dos acessos individuais acontece em residências, enquanto outros 45% ocorrem em LAN houses. O estudo, que é feito anualmente desde 2005, indica que situação é diferente do que ocorria desde 2007, quando o uso de centros públicos de acesso pago cresceu consideravelmente no Brasil.
PERFIL
A pesquisa do CGI.br mapeou e estratificou as LAN houses do país, com base em 412 estabelecimentos pesquisados.
Destes, 80% se declaram como negócios familiares --97% das LAN houses têm menos de três funcionários.
Ainda de acordo com a pesquisa, 46% dos estabelecimentos têm entre seis e dez computadores.
Os frequentadores continuam predominantemente jovens de 16 a 24 anos: são 95%, se considerada a média e a frequência intensa sobre o total de estabelecimentos.
Segundo 81% dos usuários de LAN house, a frequência no local ocorre porque não há computador em casa. A ausência de internet em casa é pretexto para usar LAN house para 75%.
Outros 66% vão a esse tipo de estabelecimento para jogar games.
"Se as LAN houses não tiverem habilidade para mudar o perfil de local de jogo, elas vão desaparecer. Elas precisam ampliar relevância na localidade, repensar o papel delas na sociedade", vaticinou o técnico do CGI.br, Winston Oyadomari.
Os dados indicam que aumentar a variedade de serviços é o desejo de 62% das LAN houses brasileiras.
Das unidades pesquisadas, 56% compartilham o espaço físico com outras atividades (como assistência técnica, lanchonete ou copiadora), enquanto 44% não usam essa configuração.
"Os números apontados permitem a criação de políticas púlbicas no Congresso, e é isso que nós queremos", disse Hartmut Glaser, diretor administrativo do CGI.br.
Fonte: Folha de São Paulo
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