segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Denúncia feita ontem pelo Programa Fantástico da Rede Globo: Vendedoras de suco se prostituem na BR 153 no trecho que corta Penápolis !



Segue abaixo texto publicado no Site do Programa Fantástico, que é um resumo da reportagem exibida no programa de ontem. Leiam:








Veja imagens de umesquema de prostituição em uma das rodovias mais movimentadas do estadode São Paulo. Vendedoras de suco de laranja atraem caminhoneiros paraprogramas no acostamento, a céu aberto e à luz do dia. Os flagrantesforam filmados pela polícia.

Nunca o termo motel debeira de estrada pareceu tão apropriado. Vendedoras de suco de laranjafazem programas perto do acostamento, em público, à luz do dia. Asimagens foram feitas há um mês pela Polícia Rodoviária de São Paulo.Por R$ 20, os clientes, quase sempre caminhoneiros, são levados a umcercado de lona. Tudo improvisado, e muito mal disfarçado.

Na Rodovia Marechal Rondon, que liga São Paulo a Mato Grosso do Sul,passam 15 mil veículos por dia. As carrocinhas de suco de laranjaficavam em três pontos, no trecho entre os municípios de Glicério ePenápolis, no oeste paulista.

A prostituição ali era tão escancarada que muitas famílias, chocadas,resolveram procurar a polícia. Durante um mês, a Polícia RodoviáriaEstadual monitorou as vendedoras de suco, que ficavam de frente para apista.

Para não chamar a atenção, os policiais gravaram tudo de longe. Eles seesconderam atrás de uma árvore, no meio do canavial, que fica a uns 200metros do local.

Nem a chuva atrapalhava os encontros sexuais. Em outro flagrante, oprograma é interrompido por dois policiais, que chegam de surpresa.

“Já existe indício, no inquérito, de que a venda de suco era fachadapara a prática do ato sexual”, afirma o delegado Nelson Barbosa Filho.

De acordo com a investigação, o empresário Carlos Augusto Pereira Saliaé o dono das carrocinhas e chefe das meninas. Ele vendia o suco naestrada havia oito anos, com permissão do Departamento de Estradas deRodagem. A renovação da licença foi negada em 2008, mas o empresárioconseguiu na Justiça autorização para continuar o negócio.

O comerciante não quis gravar entrevista. Ele negou envolvimento no esquema de prostituição.

Nós conversamos com uma das garotas que trabalhavam na rodovia. E ela conta que os caminhões faziam fila.

Prstituta: Até os prefeitos paravam. Os deputados paravam lá para comprar, para querer também.
Fantástico: E vendia muito suco lá?
Prostituta: Tudo eu vendia. Só que extravasada, daquele jeito.
Fantástico: Como assim extravasada?
Prostituta: Roupinha curta.

A vendedora diz que o chefe obrigava as funcionárias a usar roupasprovocantes para atrair os caminhoneiros e aumentar o faturamento. “Elefalava assim para nós: ‘vendendo o meu suco, vocês fazem o que vocêsquiserem’”, relata uma das jovens.

Ela revela ainda que recebia comissão pela venda do suco e ficava comtodo o dinheiro dos programas, mas se não cumprisse a meta: “Um dia elequase me jogou do penhasco, já foi arrastando a perua, meu corpo ficougrudado na porta. Se sobrava suco, ele faltava matar nós. Ela falava:‘fica pelada, mostra tudo pra vender’”, conta.

“Assim que nós tivemos a comprovação desses atos sexuais na beira darodovia, nós juntamos todas as filmagens e encaminhamos para oMinistério Público, para que fossem tomadas as medidas legais”, diz oTenente Rodrigo Batista, da Polícia Rodoviária de SP.

“O empresário, que é dono do negócio, está sendo investigado poreventual favorecimento à prostituição, crime de favorecimento”, apontao promotor Adelmo Pinho.

Depois que o caso chegou ao Ministério Público, as mulheres nãovoltaram para a pista. O que sobrou no local são muitas tampinhas degarrafinha de suco, garrafinhas de plástico e a estrutura de bambu ondeera colocada a lona.

O dono das carrocinhas de suco pode ser condenado a até 14 anos decadeia por explorar a prostituição. As garotas de programa e osclientes devem responder pelos atos obscenos em público.

Créditos de texto e imagem: Programa Fantástico  - Rede Globo

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