De acordo com dados estatísticos divulgado pela ANATEL, o número de linhas de telefonia celular ativas no Brasil já ultrapassou há algum tempo a população nacional. As pessoas adotam uso de mais um aparelho por diversos motivos. O principal ainda se trata de pessoas que usam um aparelho para fins pessoais e outro para fins profissionais. O pior é que agora, por conta da violência nas ruas, muita gente está carregando no bolso o chamado “celular do bandido”.
Como exemplo dessa violência podemos citar a cidade de São Paulo, onde o roubo de aparelhos celulares cresceu 23% só no ano passado - foram quase 240 mil casos registrados; uma média de 650 roubos por dia. Sem contar os roubos que sequer são informados nos distritos policiais. Segundo um levantamento realizado pela Federação Nacional de Seguros Gerais, o aumento do roubo só dos aparelhos segurados foi de quase 65% entre 2015 e 2016. Assim é possível constatar que aonde quer que você esteja, circular pelas ruas digitando ou falando ao celular se tornou uma exposição à violência cada vez mais frequente e comum.
Uma válida estratégia seria evitar o uso dos celulares quando se está nas ruas e em outros lugares de grande circulação de pessoas, mas essa estratégia já não é prática nos dias atuais. Pois os aparelhos celulares fabricados recentemente, como os smartphones por exemplo, são fonte inesgotável de informação e entretenimento e ao abonar o uso dos mesmos quando se está fora de casa tornaria nossos dias mais entediantes.
Para as pessoas com mais dinheiro, o seguro parece ser uma boa saída para não ficar no prejuízo, principalmente quando se usa um smartphone dos mais atuais que custa de 2 a 3 mil reais. O problema é que para a maioria da população fazer seguro de smartphone tornaria mais caro o já apertado orçamento doméstico.
Então é cada vez mais comum nas ruas as pessoas que adotam a estratégia do "celular do bandido" que nada mais é que uma espécie de celular reserva, daqueles mais baratinhos, para entregar em caso de roubo e até usar em locais que considera mais perigosos.
O grande problema é o mercado paralelo de celulares usados que alimenta o mundo do crime: muitas pessoas adquirem celulares de segunda mão, sem antes sequer exigir nota fiscal ou procedência do aparelho. Fato é que se a segurança pública não nos protege, o chamado "jeitinho brasileiro" é uma tendência adotada cada vez mais pelas pessoas. Aí fica uma dica: se você for roubado, faça um boletim de ocorrência e informe o número IMEI do aparelho para que a operadora possa inutilizar o telefone roubado; e nunca compre aparelhos de origem duvidosa, com preço muito baixo e sem nota fiscal - a chance de você estar alimentando o crime organizado é grande. E, por último, o “celular do bandido” também pode evitar um trauma maior…
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